Presidente brasileiro viajou para Los Angeles (EUA) a fim de participar da Cúpula das Américas, encontro que reúne chefes de Estado e de governo da região.

Na presença de jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro fez nesta quinta-feira (9) uma manifestação prévia ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, antes do encontro bilateral, privado, entre os dois.

Bolsonaro viajou para Los Angeles (EUA) a fim de participar da Cúpula das Américas, encontro que reúne chefes de Estado e de governo da região.

Sentado ao lado de Biden, Bolsonaro disse que, “por vezes”, o Brasil sente ameaçada a soberania da Amazônia. Ele defendeu a legislação ambiental brasileira e disse que “brevemente” o país se tornará “um dos maiores exportadores de energia limpa via hidrogênio verde”.

“Por vezes, nós nos sentimos ameaçados na nossa soberania naquela área. Mas o Brasil preserva muito bem o seu território”, afirmou.

Ele admitiu “dificuldades” em relação ao meio ambiente. “A questão ambiental, temos nossas dificuldades, mas fazemos o possível para atender aos nossos interesses e também, por que não dizer, a vontade do mundo. Mas, como disse, somos um exemplo para o mundo na questão ambiental”, afirmou.

Antes da fala de Bolsonaro, Biden disse a ele que o Brasil fez “sacrifícios reais” para proteger a Amazônia e que o restante do mundo deveria ajudar a financiar a preservação da floresta. Segundo Biden, preservar a Amazônia é uma “responsabilidade internacional” porque o mundo se beneficia da proteção da floresta.

Bolsonaro também disse ao colega norte-americano que 85% da Amazônia são preservados, que a legislação ambiental é “bastante rígida” e que o governo faz o possível para cumpri-la.

Mas dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que em abril, pela primeira vez na história, os alertas de desmatamento na Amazônia ultrapassaram 1 mil km². Em relação a abril de 2021, o número de alertas quase dobrou, segundo o Inpe.

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