Prefeito e o pré-candidato do PSOL aparecem isolados na liderança e empatados tecnicamente em todos os cenários simulados pelo Datafolha.

Em meio a um cabo de guerra que começou depois da intervenção nacional no diretório do PSDB paulista, militantes históricos do partido organizam um ato de apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ele disputa os espólios políticos de seu antecessor, Bruno Covas, com a rival, Tabata Amaral, que deve disputar as eleições pelo PSB.

A CNN apurou com líderes do PSDB de São Paulo que o ato foi marcado para o dia 19 de março e o local mais provável é o Novotel Jaraguá, onde o auditório tem capacidade para 350 pessoas.

A ideia deles é levar para o palco militantes históricos da legenda, incluindo familiares dos finados governadores Mário Covas e Franco Montoro. Tomás, filho de Bruno Covas, está na lista de presenças desejadas, assim como pelo menos quatro ex-secretários da gestão do tucano na capital. Um manifesto de apoio a Ricardo Nunes deve ser lido pelos militantes, fazendo críticas aos “extremos”, numa alfinetada clara a Guilherme Boulos, do PSOL, principal rival do prefeito. Uma das estratégias da campanha é associar o escolhido por Lula para comandar São Paulo à “extrema-esquerda”.

O ato acontecerá bem no meio da janela eleitoral, em que até 7 dos 8 vereadores do PSDB devem trocar de legenda para apoiar Nunes, como já mostrou a CNN. Um processo de derretimento do partido começou depois da intervenção do diretório nacional que tem pregado “protagonismo” do PSDB em detrimento do apoio ao atual mandatário.

O movimento tem favorecido Tabata Amaral, que fez uma investida sobre o ninho tucano e conseguiu o apoio de alguns nomes ligados a Covas, como o ex-secretário de Covas e ex-presidente municipal do PSDB, Orlando Faria.

Se a pesquisa Datafolha que mostra Boulos e Nunes tecnicamente empatados, com 30% e 29%, foi celebrada pelos aliados de Nunes, a equipe de Boulos também comemorou os resultados.

Na avaliação deles, sem propaganda e nem a estrutura da gestão municipal, Boulos mostra forte resiliência em se manter no topo dos levantamentos da pré-campanha.

Para evitar que o nome do deputado federal desidrate, a coordenação da campanha de Boulos prevê de fato ir aos extremos – não os políticos, mas sim os geográficos.

A ideia para as próximas semanas é mergulhar nos “bolsões vermelhos” com a pré-candidata a vice, Marta Suplicy (PT), a tiracolo. As regiões incluem os extremos Leste e Sul da cidade, onde o PT tem historicamente bons resultados.

Boulos ainda planeja um evento com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que deve ser realizado nos próximos dias.

Fonte: CNN Brasil.

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