Agências da ONU se preparam para invasão em Rafah e alertam para “massacre”
Postado em: Por: Raimundo Carvalho
Israel alertou repetidamente sobre uma operação contra o Hamas na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde cerca de um milhão de pessoas estão refugiadas.
Uma invasão israelense em Rafah colocaria em risco a vida de centenas de milhares em Gaza e seria um duro golpe para as operações de ajuda de todo o território palestino.
A declaração, feita nesta sexta-feira (3), é do escritório humanitário da ONU, enquanto a Organização Mundial da Saúde anunciou planos de contingência para uma incursão.
Israel alertou repetidamente sobre uma operação contra o Hamas na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde cerca de um milhão de pessoas estão refugiadas, tendo fugido por meses de bombardeios.
“Poderia ser um massacre de civis e um golpe incrível para a operação humanitária em toda a Faixa, porque [a operação] é dirigida principalmente a partir de Rafah”, disse Jens Laerke, porta-voz do escritório humanitário da ONU (OCHA), numa coletiva de imprensa em Genebra.
Israel disse que trabalhará para garantir a retirada segura dos civis de Rafah. As operações de ajuda em Rafah incluem clínicas médicas, armazéns abastecidos com suprimentos humanitários, pontos de distribuição de alimentos e 50 centros para crianças gravemente desnutridas, disse Laerke.
O OCHA fará todo o possível para garantir a continuação das operações de ajuda, mesmo no caso de uma incursão, e está estudando como fazer isso, acrescentou.
Um responsável da Organização Mundial de Saúde disse no mesmo briefing que tinha sido preparado um plano de contingência para Rafah, que incluía um novo hospital de campanha, mas disse que não seria suficiente para evitar um aumento substancial no número de mortos.
Mais de 34 mil palestinos já foram mortos em quase sete meses de conflito, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
“Quero realmente dizer que este plano de contingência é um band-aid”, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS para o território palestiniano ocupado, através de videoconferência.
“Isso não impedirá de forma alguma a esperada mortalidade e morbidade adicionais substanciais causadas por uma operação militar.”
Fonte: CNN Brasil.
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