Caso aconteceu em junho deste ano; penas máximas para os crimes indicados, se somadas, chegam a 97 anos de prisão.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal, nesta terça-feira (10), 19 suspeitos de assaltarem um carro-forte no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul (RS). O caso aconteceu em junho deste ano.

Os envolvidos foram denunciados por latrocínio (roubo seguido de morte) e por organização criminosa com uso de arma de fogo. Ao todo, 13 dos denunciados estão presos, sendo que 12 cumprem prisão preventiva e um está em prisão temporária.

Além dos crimes, os suspeitos também foram denunciados por posse de arma de fogo de uso restrito, explosão, uso de sinal público falsificado, comunicação falsa de crime e adulteração das placas de veículos.

No último dia 2 deste mês, a Polícia Federal (PF) concluiu a investigação do crime que deixou um policial e um dos denunciados mortos.

A apuração indicou que os suspeitos – integrantes de duas facções criminosas, sendo o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Bala na Cara, do RS – chegaram ao estado dias antes do episódio e contaram com o apoio de faccionados para a execução de quatro etapas de atuação: planejamento, execução, fuga e exfiltração.

A atuação, no entanto, teve intervenção da equipe de segurança. No momento, houve troca de tiros, que resultou na morte de um dos criminosos e de um policial militar envolvido na ação.

A operação recebeu o nome de Elísios, em homenagem ao sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Sul que morreu durante o assalto. “Campos Elísios” é uma referência da mitologia grega do lugar onde os homens virtuosos repousam de forma digna após a morte.

Relembre o caso
O crime aconteceu na noite de 19 de junho deste ano, quando assaltantes armados com fuzis e disfarçados de policiais federais entraram no aeroporto e atacaram um carro-forte para tentar roubar uma quantia de R$30 milhões (que saiu de um avião no Paraná e seria descarregada da aeronave para um carro-forte na pista do aeroporto, no Rio Grande do Sul).

A polícia afirma que, após a troca de tiros, os criminosos fugiram para uma zona de matagal próxima ao terminal, com cerca de R$ 14,4 milhões.

De acordo com a denúncia do MPF, o plano dos suspeitos era entrar no aeroporto com veículos disfarçados de viaturas da PF. Os envolvidos pretendiam utilizar armas de fogo de padrão militar e forçar o rendimento da equipe de segurança antes que os valores fossem transferidos ao carro-forte.

As penas máximas para os crimes indicados, se somadas, chegam a 97 anos de prisão. Praticamente todos os indiciados já responderam por crimes dessa natureza, aponta a PF.

Fonte: CNN Brasil.

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