Em análise a grupo próximo, o presidente da Câmara diz compreender a dificuldade de mudar equipe com “seis meses de governo”, mas aponta desequilíbrio ao contemplar Casa.

Numa análise serena feita ontem a aliados, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) disse que compreendia a dificuldade de Luiz Inácio Lula da Silva de “mexer na equipe com seis meses de governo”, mas que o petista “sabe que errou na montagem” de seu ministério.

A análise de Lira é endossada por um integrante do governo Lula, que já havia relatado ao blog o desconforto do presidente em fazer uma reforma ministerial antes do fim do primeiro ano de governo. Na avaliação deste aliado, Lula temia passar a imagem de que a equipe escolhida por ele após a eleição “não deu certo”.

Lira, por sua vez, tem afirmado ao próprio Lula que ele montou a Esplanada com 37 ministérios que lhe entregam apenas 150 votos na Câmara. Ainda assim, na conversa que teve com o petista antes de ele viajar para a África do Sul, onde participa de encontro do Brics, Lira disse que ele embarcasse tranquilo: “Nós vamos votar o que é importante pro país”, afirmou, em referência ao marco fiscal.

O presidente da Câmara, porém, foi claro ao dizer ao seu grupo que, depois da aprovação do marco, considera o ciclo de entregas dos partidos de centro ao governo concluído. Após o retorno de Lula, na semana que vem, projeto politicamente importante, só com o remanejamento na Esplanada.

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