Investigação chegou ao Supremo e tramita em sigilo.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator da investigação que apura um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O caso, que inicialmente tramita em segredo de justiça, chegou ao Supremo porque as apurações preliminares mencionam ministros do STJ, que têm direito a foro especial.
Em princípio, a suspeita principal dos investigadores – pelo menos até o momento – era de que servidores dos gabinetes tivessem cometido as irregularidades à revelia dos ministros.

Porém, um relatório de transações financeiras elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) acabou exigindo o envio do processo ao Supremo.

Segundo as investigações, reveladas pela revista Veja e confirmadas pela CNN, um grupo de advogados e lobistas, com auxílio de funcionários dos gabinetes, compravam e vendiam decisões judiciais do STJ.

Mensagens apontam que o grupo teria pago até R$ 50 mil a um interlocutor do tribunal para garantir uma decisão favorável em um litígio. “Até a vírgula é igual”, diz a conversa interceptada.

Devido ao sigilo, o Supremo não deu detalhes do andamento do processo. A CNN entrou em contato com o STJ e aguarda retorno.

Fonte: CNN Brasil.

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