Saulo Moura da Cunha ocupava o cargo de diretor-adjunto da agência no dia dos atos criminosos em Brasília e permaneceu na função até 2 de março.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos de 8 de janeiro ouve o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha nesta terça-feira (1º), a partir das 9h.

Na primeira sessão após a volta do recesso parlamentar, a CPMI deve questionar Cunha sobre os relatórios enviados pela Abin ao governo federal nas vésperas do ataque. Ele ocupava o cargo de diretor-adjunto da agência no dia 8 de janeiro e permaneceu na função até 2 de março.

Foram apresentados cinco requerimentos para a convocação de Saulo da Cunha.
Senadores e deputados alegaram nos requerimentos que o convocado poderá esclarecer sobre os alertas enviados pela agência sobre o risco de ações ilícitas contra autoridades e patrimônio público, que supostamente não teriam sido considerados pelo governo federal.

Saulo Moura da Cunha ingressou na Abin em 1999 e já exerceu diversas funções na agência. Segundo informações do governo federal, antes de ser nomeado para integrar o Grupo Técnico de Inteligência Estratégica da equipe de transição do novo governo, exercia o cargo de coordenador-geral de Relações Institucionais e Comunicação Social da Abin.

Ao deixar a diretoria da Abin, assumiu a chefia da assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mas foi exonerado no começo de junho, após a divulgação de imagens mostrando a presença do ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto, no dia dos ataques.

A justificativa do GSI para a demissão, na época, foi um “processo de reestruturação” no órgão.

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