Entre os requerimentos, estão a convocação e quebra de sigilos de Walter Delgatti Netto, hacker da ‘Vaza Jato’ preso pela Polícia Federal na quarta (2).

Nesta quinta-feira (3), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro vota requerimentos, podendo, por exemplo, aprovar a convocação e quebra de sigilos fiscal e bancário de Walter Delgatti Neto, hacker conhecido por ter dado origem à chamada “Vaza Jato”.

Pelo menos quatro requerimentos foram protocolados para ouvir Delgatti no colegiado, entre eles o da relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD-MA).

Delgatti foi preso nesta quarta-feira (2), no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) realizou busca e apreensão em endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Ele admitiu que acessou o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), além de ter inserido um falso mandado de prisão em desfavor de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um requerimento protocolado pelo deputado Duarte Jr. (PSB-MA) nesta quarta pede a convocação de Carla Zambelli para prestar depoimento ao colegiado.

O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), ainda não definiu quais os requerimentos que devem ser votados na quinta. A pauta só será divulgada depois da reunião da cúpula da comissão com os líderes partidários, que acontecerá antes do início da sessão.

Depoimento de Anderson Torres
Foi cogitado que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia das invasões às sedes dos Três Poderes, prestasse depoimento à CPMI nesta semana, mas a oitiva ficou para a próxima terça-feira (8), às 9h.

Os parlamentares da comissão fecharam acordo para que a sessão desta quinta seja somente deliberativa.

A presença de Torres pode ser crucial para encerrar a primeira etapa da comissão, que investiga atos ocorridos em 12 de dezembro e 24 de dezembro.

O ex-ministro é tratado como personagem-chave para as investigações e também pode ser ouvido pela CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em sessão agendada para quinta-feira (10).

Em junho a defesa de Torres, quando convocado, ele compareceria ao colegiado. “Será importante para expor a verdade”, disse, na ocasião, o advogado Eumar Novacki.

Torres esteve preso por 117 dias no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal. Atualmente, ele é monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com outros investigados no caso, de acessar as redes sociais e de se ausentar do DF, além de ter de permanecer em casa durante a noite e aos fins de semana.

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