Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, além de 17 mandados de busca e apreensão; cinco policiais militares foram afastados de suas funções.

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Hybris para desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro proveniente de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais. O grupo atuava em Feira de Santana, no interior da Bahia, e em cidades vizinhas. Cinco policiais militares foram afastados de suas funções.

Um dos policiais era um tenente-coronel. De acordo com a investigação, eles integravam o braço armado do grupo miliciano, para fazer a segurança das atividades ilícitas desenvolvidas pela organização, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores angariados em decorrência de infrações penais.

A ação aconteceu nesta terça-feira (9) e contou com o apoio da Receita Federal, Ministério Público Estadual, Força Correcional Integrada e com a Corregedoria da Polícia Militar.

Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 13 Auditores Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, além de 17 mandados de busca e apreensão. Ao todo, foram bloqueados, aproximadamente, R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados. Além da suspensão das funções públicas dos cinco policiais militares, também houve a suspensão de atividades econômicas de uma empresa, em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.

A ação é um desdobramento da operação El Patrón, deflagrada dia em dezembro do ano passado, em que foram efetuados dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

Em dezembro, um dos investigados foi beneficiado com a prisão domiciliar. Com o aprofundamento das investigações, o Poder Judiciário acatou pelo retorno do investigado à prisão.

Segundo foi apurado pela operação, o chefe do grupo é detentor de foro privilegiado, mas, desde 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) vem entendendo que parlamentares serão processados e julgados pela justiça de primeiro grau quando os crimes são cometidos antes da diplomação do cargo e desconexo a ele.

Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados podem pegar penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

Fonte: CNN Brasil.

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