Negociações também envolvem fornecimento de ajuda humanitária para Faixa de Gaza.

O governo dos Estados Unidos pressiona Israel para adiar a iminente incursão terrestre na Faixa de Gaza para permitir a libertação de mais reféns do Hamas e levar ajuda humanitária em Gaza, de acordo com duas fontes familiarizadas sobre as discussões.

A libertação, na sexta-feira (20), de dois norte-americanos detidos pelo Hamas sinalizou a possível libertação de mais dos cerca de 200 que se acredita terem sido sequestrados pelo grupo radical islâmico após os ataques terroristas há duas semanas.

“A [administração] pressionou a liderança israelense para adiar devido ao progresso na frente de reféns” e à necessidade de levar caminhões de ajuda humanitária para Gaza, disse uma pessoa próximas das discussões. O Conselho de Segurança Nacional não respondeu imediatamente os comentários.

No sábado (21), quando perguntaram ao Presidente dos EUA, Joe Biden, se estava encorajando Israel a adiar a invasão, ele respondeu: “Estou conversando com os israelenses”.

O Qatar, agindo como intermediário entre os EUA e Israel, tem liderado as discussões com o Hamas sobre a libertação dos reféns desde que foram raptados pelo Hamas há duas semanas.
De acordo com um diplomata familiarizado sobre o assunto, as negociações incluíram conversas sobre a entrada da tão esperada ajuda em Gaza e a necessidade de um cessar-fogo temporário para retirar os prisioneiros. Israel não indicou se está considerando um cessar-fogo. O Hamas não parece ter obtido nada de concreto com a libertação de Judith Tai e Natalie Raanan na sexta-feira.

As Brigadas Al-Qassam, o braço militar do Hamas, afirmaram em um comunicado no sábado que estavam preparadas para libertar dois “indivíduos detidos” que identificaram pelo nome. “Os mesmos procedimentos” usados para libertar os Raanans seriam empregados para a nova libertação proposta, disse o comunicado.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu à afirmação no sábado à noite, dizendo que não comentaria a “falsa propaganda do Hamas”, acrescentando que o governo de Israel “continuaria a fazer tudo o que for necessário para trazer todos os cativos e desaparecidos de volta para casa”. Um funcionário do gabinete do primeiro-ministro israelense disse à CNN na sexta-feira (20), após a notícia da libertação dos norte-americanos, que pode ter sido uma tentativa do Hamas de diminuir a resposta militar israelense.

“Essa pressão [militar] não vai desaparecer porque eles foram libertados”, disse o funcionário. “Isso não mudará a missão, que é desmantelar o Hamas.”

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