Tymbektodem Arara esteve no Conselho de Direitos Humanos da ONU e falou de demarcação de terras; ameaças são investigadas. A Polícia Federal (PF) no Pará investiga as circunstâncias da morte do líder indígena Tymbektodem Arara, na Terra Indígena Cachoeira Seca, a 250 km de Altamira, no Pará.

Ele era conhecido como “Tymbek” e foi encontrado morto em um rio, em 14 de outubro, supostamente por afogamento. A Delegacia da PF em Altamira abriu inquérito e investiga o caso.

O líder indígena esteve no Conselho de Direitos Humanos Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, e denunciou invasão de terras na Terra Indígena Cachoeira Seca, onde vive a etnia Arara.

“Somos um povo de contato inicial, viemos aqui para exigir que se respeite nossa vida e nosso território. Já sofremos muitas invasões”, declarou, à época.

A CNN apurou que, após o episódio, Tymbek recebeu áudios intimidadores, como “você não tem medo?” ou “Que bom que está defendendo sua terra…”, sendo esse segundo em tom de ironia, segundo pessoas próximas a ele. Ao chegar no Pará, ele foi escoltado pela Força Nacional até chegar na terra indígena onde morava. O líder também era professor e presidente da associação Kowita, além de estudioso da língua Arara.

A ONG Conectas de Direitos Humanos divulgou nota de pesar. “Tymbektodem partiu deixando um legado inestimável para o povo Arara, de recente contato, e para toda a comunidade indígena do Brasil. Mais do que isso, ele era um guerreiro de seu povo, que lutou incansavelmente pelos direitos dos indígenas e pela proteção das terras e recursos naturais que sustentam suas comunidades.”

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