Atual governo tem maior número de MPs caducadas nos primeiros 5 meses; veja comparação desde 2002
Postado em: Por: Raimundo Carvalho
Nos cinco primeiros meses do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República, três medidas provisórias (MPs) “caducaram” — ou seja, não foram analisadas no Congresso em até 120 dias e perderam validade.
Esse é o maior número quando comparado aos primeiros dois mandatos de Lula e aos de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), de acordo com levantamento do professor Bruno Carazza.
A pesquisa destaca a relação entre os poderes Executivo e Legislativo, indicando que este seria o início de governo mais difícil dos últimos 20 anos, conforme pontua Raquel Landim, âncora da CNN.
Ao mesmo tempo, o “Lula 3” empata com o “Dilma 1” no quesito de proposta de emenda constitucional (PECs), não tendo encaminhado nenhuma ao Legislativo nesse período.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), ressaltou que o Parlamento atual exige maior “exercício” por ser mais conservador e ter uma visão diferente do da atual gestão do Executivo.
Sobre a aprovação da MP que estrutura os ministérios, que vencia nesta quinta-feira (1°) e precisou de esforço extra da base governista para que fosse aprovada na Câmara dos Deputados a tempo, Randolfe argumentou que o impasse entre Câmara e Senado sobre a análise de MPs “tirou quase quatro meses do curso da tramitação”.
“Diferenças como as que ocorreram ontem e o aperreio da votação em cima da hora era quase que previsível (sic), porque existia uma crise que antecedeu o trâmite das MPs, uma crise que o governo não tem parte”, ponderou.
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