Uma das reféns critica Netanyahu por abdicar da negociação pela libertação de reféns; fala pode ter sido feito sob coação. O Hamas divulgou nesta segunda-feira (30) um pequeno vídeo mostrando três mulheres que podem estar sendo mantidas presas pelo grupo radical islâmico desde os ataques terroristas a Israel em 7 de outubro.

O vídeo dos reféns é apenas o segundo divulgado pelo Hamas desde que mais de 200 pessoas foram levadas para a Faixa de Gaza após o ataque no início deste mês. Ele parece ter a intenção de minar o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, mostrando críticas contundentes ao seu governo feitas pelas mulheres detidas.

No vídeo, elas aparecem sentadas em cadeiras de plástico de frente para a câmera e a mulher que está no meio do trio se dirige diretamente a Netanyahu com fúria crescente. Ela faz referência a uma coletiva de imprensa das famílias dos reféns “ontem”, sugerindo que foi o vídeo filmado nesta segunda-feira.

O vídeo surge poucos dias após o progresso nas negociações de reféns ter fracassado, fato referenciado pelo orador que menciona um suposto “cessar-fogo”. Os líderes israelenses rejeitaram na sexta-feira (27) um avanço nas negociações e classificaram a notícia de boato enquanto anunciaram uma expansão da ofensiva terrestre. A mulher fala fluentemente e não parece estar lendo um roteiro, mas como as mulheres são reféns, a declaração pode ter sido feita sob coação.

“Você prometeu libertar todos nós”, diz ela, sugerindo que está ciente das negociações de reféns.

Ela termina com uma exigência de “libertar todos nós”, gritando: “Agora! Agora! Agora!”
Parentes dos reféns nomearam as mulheres como Elena Trupanov, Daniel Aloni e Ramon Kirsht. É Aloni quem fala no vídeo.

As mulheres não mostram sinais visíveis de maus tratos físicos, mas a CNN não consegue verificar nada sobre as suas circunstâncias ou bem-estar.

O gabinete de Netanyahu confirmou os nomes em um breve comunicado, dizendo: “Dirijo-me para Elena Trupanov, Daniel Aloni e Ramon Kirsht que foram sequestradas pelo Hamas, que comete crimes de guerra. Estamos fazendo de tudo para trazer todas as pessoas sequestradas e desaparecidas para casa”.

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